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sábado, 16 de outubro de 2010

Para o filósofo Jean Paul Sartre somos escravos de nossas escolhas, tendo em vista sermos livres para escolher, porém submetidos às suas conseqüências. E Heidegger afirma sermos também capazes de ampliar nosso rol de possibilidades aumentando o número de alternativas. Sendo assim, a nossa liberdade é poder escolher entre diversas possibilidades, porém, qualquer escolha implicará em uma conseqüência ética.
Em alguns momentos parecemos apenas joguete das situações e não é difícil encontrar um culpado pelo sofrimento ou dor que vivenciamos. Mas, numa reflexão mais apurada podemos encontrar mais de uma possibilidade de escolha, e ao atentarmos para a alternativa rejeitada poderemos imaginar outro caminho que poderíamos ter percorrido. Refletindo ainda mais, não será difícil entendermos que a decisão final partiu de nós. Pode-se até buscar opiniões, sugestões ou quem nos diga exatamente o que fazer, mas a decisão será sempre nossa.


Recebi essa história por e-mail, não sei se os fatos e nomes são veridicos mas o exemplo é perfeito.

2 ESCOLHAS


”Luis é o tipo de cara que você  gostaria de conhecer”. 

   “Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo  de positivo para dizer”. 

Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a  resposta seria logo:
  
  “Ah.. Se melhorar, estraga”. 

Ele era um gerente especial em um restaurante, pois  seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes. 
Ele era um motivador nato.
  
 Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luis  estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação.

Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia  lhe perguntei:  
   
“Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo”.  

   “Como faz isso” ? 

Ele me respondeu:     
“A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo”:  
 
“Luis, você tem duas escolhas hoje:  
   Pode ficar de bom humor ou de mau humor. 
 
 Eu escolho ficar de bom humor”.

Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher  bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido.  
 
Eu escolho aprender algo. 

Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar  a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.  
 
Certo, mas não é fácil - argumentei.  
 
  É fácil sim, disse-me Luis. 

A vida é feita de escolhas.  
  
Quando você examina a fundo, toda situação sempre  oferece escolha.  

Você escolhe como reagir às situações.  
 Você escolhe como as pessoas afetarão o seu  humor. 
 
 É sua a escolha de como viver sua vida.  
 
 Eu pensei sobre o que o Luis disse e sempre lembrava  dele quando fazia  uma escolha.

Anos mais tarde, soube que Luis um dia cometera um  erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã.  

Foi rendido por assaltantes.  
  Dominado, e enquanto tentava abrir o cofre, sua mão  tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. 
 
Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele.  

Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e  levado para um hospital.   

Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de  tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo. 
 
 Encontrei Luis mais ou menos por acaso.

Quando lhe perguntei como estava, respondeu:   
“Se melhorar, estraga”.   

Contou-me o que havia acontecido perguntando:  
“Quer ver minhas cicatrizes”?

Recusei ver seus ferimentos,  mas  perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do  assalto. 
 
A primeira coisa que pensei foi que deveria ter  trancado a porta de trás, respondeu. 

Então, deitado no chão, ensangüentado, lembrei  que tinha duas escolhas:  
 
“Poderia viver ou morrer”. 

“Escolhi viver”! Você não estava com medo? Perguntei.    

“Os para-médicos foram ótimos”. 

“ Eles me diziam que tudo ia dar certo e  que ia ficar bom”.   

“Mas quando entrei na sala de emergência e vi a  expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado”.
Em seus lábios eu lia:
  
“Esse aí já era”.     

Decidi então que tinha que fazer algo.  

O que fez ? Perguntei.

Bem. Havia uma enfermeira que fazia

 muitas  perguntas.  

 Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa.

Eu respondi: "sim".  

Todos pararam para ouvir a minha resposta.  

Tomei fôlego e gritei; “Sou alérgico a balas”! 

Entre risadas lhes disse: 
   
“Eu estou escolhendo viver, operem-me como um  ser vivo, não como um morto”.   

Luis sobreviveu graças à persistência dos médicos...  mas sua atitude é que os fez agir dessa maneira.
E com isso, aprendi que todos os dias, não importa  como eles sejam, temos sempre a opção de viver plenamente.  

Afinal de contas, 

“ATITUDE É TUDO”.



Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure


Estoril - Portugal, 10.1939
Vinicius de Moraes


FONTE:
MARCIA BALLAMINUT(PSICOLOGA)
E-MAIL DE FONTE DESCONHECIDA, HISTÓRIA 2 ESCOLHAS
POESIA: SONETOS DE VINICIUS DE MORAES